"O automóvel talvez constitua o maior paradoxo dos tempos modernos. O carro confere a certas pessoas mobilidade e velocidade maiores do que outras modalidades, mas acaba criando congestionamentos que emperram a circulação de todos. Embora seja um veículo não militar, mata violentamente mais pessoas do que as guerras. Considerado um setor de ponta da economia, sua fabricação exige tanto aço, petróleo e outros insumos que reduz a produção de outros bens e torna toda a atividade econômica vulnerável às flutuações da demanda interna e do mercado externo.
A propaganda da indústria automobilística criou a percepção do carro como símbolo de potência, sexo, luxo, enfim tudo menos aquilo que realmente proporciona: congestionamento, poluição do ar, ruído, incapacitação temporária e permanente de centenas de milhares de brasileiros, degenerescência física associada aos hábitos sedentários que promove nos seus usuários. Essas ilusões são especialmente cruéis no Brasil, onde a população ainda não se organizou para disciplinar o uso do automóvel e criar alternativas mais atrativas, como se fez na Europa."
(Charles L. Wright, em O que é transporte urbano, pela Brasiliense (São Paulo), 1988. Wright é Ph.D., com especializações em agricultura e transportes.)
Dia mundial sem carro, 22 de setembro, participe e espalhe.
Um comentário:
Atualiza todo mês a lista de alimentos da época :)
Tenho amigos interessados no assunto tratado aqui, bjs.
E eu claro, hehehe
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